quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Lembranças de minha infância


Lembranças de minha infância

Aos quatro anos de idade vivia com minha família na cidade onde nasci em Palmeira das Missões, éramos muito felizes, papai, mamãe eu e meus três Irmãos dois meninos e uma menina. Família simples mais muito unida e feliz,
todo os anos no Natal a família ia para a igreja comemorar o nascimento de Jesus, como meus pais eram muito religiosos, todos da família de alguma forma participavam do culto do Natal, minha mãe cantava no coral meu pai tocava na banda eu e meu irmão mais velho que parece ao meu lado nesta foto estavámos cantando, Noite Feliz. Sempre gostei muito de cantar e fazia isso com muito entusiasmo como podem perceber . Qualquer criança com essa idade teria vergonha, mas eu não, quanto mais cantava mais queria, talvez por isso hoje com 43 anos seja tão tagarela. Bons momentos de minha infância que só ficaram nas lembranças.Quando tinha sete anos meus pais se separaram e nunca mais vi minha família junto novamente. Como diz o ditado tudo que é bom infelizmente dura pouco.

LENDAS


VERSÃO PORTAL DO FOLCLORE

INTRODUÇÃO
Pretinho arteiro, de olhos carburantes e barrete de rubra cor à cabeça, traquinando e assobiando pelas estradas em horas-mortas, a pelear, maldosamente, com suas travessuras, os animais e a trançar-lhes as crinas.

Com efeito, o viajante que, no sertão, ao cair da tarde, cochilando o seu cansaço, as pernas lassas, caídas sobre as espendas da sela, busca o pouso para descansar os membros doridos da jornada, ao encilhar a montaria, na manhã seguinte, para seguir viagem, encontrará muitas vezes, a crina do animal emaranhadamente trançada.

Atribuirá por certo às artes do Saci, sem indagar de uma pequenina ave do sertão que revela o curioso característico de, em procurando no dorso dos animais a alimentação que lhe é cara, carrapatos e outros parasitas, nunca deixam sem antes trançá-las com o bico sedenho.

Os redemoinhos, fenômenos produzidos por desequilíbrio das atmosferas, verdadeiras trombas aéreas que se formam vertiginosamente em espiral, carregando folhas secas, gravetos e areia em suas passagens, esses fenômenos consoante à crença entre os caipiras, são produzidos pelo Saci, e se algum dotado de verdadeira fé, lançar sobre a tromba um rosário de capim, aprisioná-lo-á, por certo, e se conseguir o barrete, terá em prêmio a ventura que aspirar.


VARIANTE 1
"Esta entidade matreira, traquina e das mais conhecidas é também objeto de incontáveis e controvertidas interpretações, tendo atravessado uma sucessão de
metamorfoses, sob a influência mística e supersticiosa de índios (o nome é de origem tupi-guarani), negros, brancos e mestiços.

Enredado em diversas lendas, em alguns rincões é uma assombração tenebrosa, um eufemismo do capeta, ou ainda um ser simpático e graciosamente assustador
- terrisível; em outros, tem uma imagem de benfeitor - o Negrinho do Pastoreio, que encontra objetos perdidos.

O Saci é apresentado até como filho do Curupira, numa fantástica concepção que, de alguma forma, pode até adquirir certa coerência se tomarmos as variantes em que o Curupira e o Caipora são seres distintos, sendo o segundo, numa delas, uma mulher unípede que anda aos saltos.

De acordo com a configuração mais popular, o Saci-Pererê é representado por um negrinho de uma perna só que usa carapuça vermelha cujo poder mágico lhe confere a prerrogativa de ficar invisível e de aparecer e desaparecer como fumaça. Ele se faz anunciar por um assobio estridente e adora fumar, aliás essa é uma forte característica do Saci, visto que é difícil imaginá-lo sem seu cachimbo.

Ah!!, e o Saci também é daqueles fumantes que nunca trazem consigo fósforos ou isqueiros e, por isso, sempre aterroriza os viajantes pedindo-lhes fogo."